Só posso entender o que se passou, por via da compra do palácio do Marquês de Pombal.
Foi ontem, durante a tomada de posse do novo presidente da câmara, Isaltino de Morais. Como é hábito, o movimento " Isaltino - Oeiras mais à frente " chegou à Assembleia Municipal e propôs aos líderes das outras forças que após a tomada de posse dos orgãos, a sessão da Assembleia Municipal fosse interrompida para continuar num dos próximos dias como era tradição em Oeiras,... que não, que a tradição não era para manter e que a mesa tinha que ser eleita, após a sessão dos cumprimentos.
Depois a segunda proposta de Isaltino, tendo ganho a Assembleia Municipal, gostava de oferecer o lugar de secretário, primeiro e segundo ao PSD e ao PS... que não, que não havia negócio, que os negócios tinham acabado e que agora é que Isaltino ia ver.
Recomeço da Assembleia, proposta de votação por lista. o Partido Social Democrata e o Partido Socialista apresentam para a mesa um presidente PSD, e secretários PS e PSD. Os votos desses partidos somados aos da CDU, dão a vitória a esta lista por 23 votos a favor.A Lista de Isaltino obtém os 17 votos dos membros do movimento e suponho que o bloco é o autor dos dois votos em branco.
Golpe palaciano ? No mínimo várias pequenas coisas são estranhas:
- O Cidadão mais votado pelo povo de Oeiras nem sequer tem assento na mesa da AM, derrotado por uma coligação de minorias.
- O Partido Socialista o PSD e a CDU estão coligados naquilo que definem como os dois terços que não votaram Isaltino e pelos vistos,pela negativa, querem governar Oeiras, ou antes, torná-la ingovernável.
- Esta atitude é compreensível por parte do PSD e de Emanuel Martins mas estranha no PS e principalmente na CDU.
- Esta vitória é pouco democrática e dignifica pouco quem se bate pela verdade valores e princípios.
- Esta vitória significa que esta coligação de partidos ainda não percebeu porque foi derrotada e ainda não digeriu uma derrota que não esperava.
- Esta vitória significa a bipolarização total de Oeiras com dois blocos, Isaltino e o PSD, que em caso de eleições antecipadas pode fazer desaparecer do mapa das autárquicas de Oeiras os actuais companheiros de jornada deste partido, com excepção do Bloco de Esquerda que mais uma vêz marcará pontos e subirá o resultado.
O Partido Socialista e a CDU que se cuidem, basta recordar que quando os companheiros são incómodos, faz-se um processo de expulsão. Cento e setenta ex-militantes do PSD de Oeiras sabem bem como isso acontece.
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