Friday, May 22, 2009

Autoeuropa

Curioso, a forma como todos dissertam sobre a Autoeuropa...

Ora são os trabalhadores que devem baixar as "calcinhas" ora a empresa que pratica " chantagem " ora é o mercado ou os países de Leste que são atractivos.

Tendo passado lá 14 anos da minha vida, tendo sido parceiro e facilitador de reuniões entre CT e CE, penso que o mais seguro é deixar que tudo se resolva internamente.

As palavras do Sr Ministro, as do Eng Belmiro de Azevedo, as dos Srºs Deputados questionando o Governo e as do Sr Carvalho da Silva, apenas servem para complicar o que já de si é complicado , a saber e apenas em geito de cheirinho...

Comissão de trabalhadores

1- A CT tem várias tendências sendo dominantes as do Bloco de Esquerda e da CGTP/PCP;
2- Esta convivência cresceu sempre e manteve-se no fio da navalha;
3- Ao longo das últimas cedências, em anteriores acordos,este equilibrio não foi fácil de manter com os sectores mais radicais a clamarem "traição aos trabalhadores";
4- O Bloco está em franca ascenção externa fazendo perigar o terceiro lugar da CDU em eleições;
5- Vamos ter eleições a curto prazo

Gestão

1- Para os sectores dirigentes não é compreensível o pagamento de 100% ao Sábado, 200% ao Domingo e até 500% se o trabalho exceder 8 horas- Na Alemanha isto não existe;
2- Quando se explica isto à casa mãe, a resposta é competitividade entre fábricas;
3- É esta comparação que se resume em competitividade que dita a atribuição de novos produtos depois de comparados, entre outros,espaços de trabalho, custos, linhas disponíveis , custos de energia e também flexibilidade e capacidade de adaptação de linhas e pessoas.

Governo

1- O código do trabalho não acrescentou nada para as duas partes ;
2- Os custos de produção são muito mais influênciados por vectores como o do custo de energia do que o custo hora de trabalho;
3- Para mostrar serviço em vêz de se trabalhar no silêncio dos gabinetes fazem-se declarações públicas
4- Em vêz de, com diplomacia, se tentar garantir um novo modelo olha-se para o imediato;

Conclusão

1- Os trabalhadores estão perto do limite credível da cedência- ou seja muito perto de perder a face
2-A administração está sem argumentos junto da casa mãe e o actual administrador não tem alma latina- estando perto de perder a face
3- O governo tão perto de eleições corre o risco de perder a face

O melhor será então que cada um perca um pouco da face, mas estas coisas, por dolorosas que são, fazem-se de forma envergonhada em privado e não sob as luzes dos holofotes, das televisões, e das declarações bombásticas de quem disto pouco sabe.

Que Deus ilumine os meus antigos colegas de trabalho e administração e que lhes conceda um novo modelo. Que deus ilumine ainda todos os outros que sobre isto dissertam porque " vozes de ..." não chegam ao Céu

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