Na vida, não sei muito bem porquê criamos amigos do peito, irmãos em que a amizade perdura apesar da distância. É esse o caso de Orlando Castro, jornalista de profissão e íntegro de formação.
No seu blogue Artoliterama publicou...
Um dia,
com ou sem o pai,
com ou sem o avô,
eles acabarão por conhecer a minha(e também deles) terra.
E nessa altura,mesmo sem saberem o sítio exacto onde deixei o cordão umbilical,
vão respirar o silêncio,
beber o infinito e dormir embalados pela certeza de que,
afinal,o pai, o avô,tinha razão quando chorava de saudade.
Terão,certamente nessa altura,uma lágrimano canto do olho.
Uma lágrima que ao cair na terra quente de Angola fará nascer uma flor.
Uma flor sem nome,
uma daqueles flores que só alguns vêem,
que só alguns sentem.
3 comments:
Sob o título "Obrigado meu velho, meu irmão, meu amigo", o Orlando também publicou no Artoliterama o seguinte:
Importantes são aqueles
(e serão certamente alguns)
que me estendem a mão
quando tropeço
nas pedras da vida.
Mais importantes são aqueles
(e serão certamente poucos)
que tiram a pedra
antes de eu passar
e que dificilmente
saberei quem são.
(Homenagem a um velho – já vem das terras do fim do mundo – amigo que tem passado a vida a estender-me a mão e a tirar as pedras do meu caminho. De seu nome: Fernando Frade)
Helder Oliveira
Obrigado, meu Velho e já gora citando Helder Oliveira (este nome leva-me para alguém ligado à Moval, será?) meu Irmão, meu Amigo. Não há palavras que expressem o que sinto.
Kandandu
Gostaria de juntar uma lágrima minha a todos aqueles que têm sido injustamente injustiçados.
Não o podendo porque já foram tantas que tenho dificuldades em chorar sem deixar de respirar colho a lágrima do Orlando e rego-a até florir numa bela Rosa de Porcelana, seja no Huambo, seja no Lobito, seja em Luanda, seja em Cabinda. Sê-lo-á sempre na nossa amada Angola.
Abraços
Eugénio Almeida
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